Aglomerado sede de Concelho, a Cidade de Estarreja é caracterizada pela diversidade de funções, pela dinâmica sociocultural e económica, pelo seu papel de centro prestador de serviços a todo o Concelho. A Cidade de Estarreja é na realidade o aglomerado urbano de localização privilegiada, tanto pelas vias de comunicação disponíveis como pela sua localização geoestratégica.
A área de intervenção é um espaço vital e dominante da Cidade, sendo um local de convergência diária da população, quer pela presença dos Paços do Concelho, quer pelos vários estabelecimentos de comércio e serviços. A presença do rio Antuã e do respectivo Parque Municipal do Antuã (PMA), reforçam o papel desta área, por constituir um ponto de ligação da Cidade ao rio, apetecível para o desporto, lazer e recreio.
Na envolvente próxima destaca-se o eixo ferroviário norte-sul e a estação da CP, o Eurosol Estarreja Hotel, o Mercado Municipal, as Piscinas Municipais e os percursos cicláveis do BioRia. Nesta área encontra-se também parte do troço da Estrada Nacional 109 (EN109), uma das principais portas de entrada da Cidade.
A área de intervenção da Operação Individual corresponde a 117.168m2 (11,7 ha) da Cidade de Estarreja onde se encontram espaços urbanos consolidados caracterizados pelo predomínio da tipologia multifamiliar com rés-do-chão comercial e um perfil viário onde se encontram espaços de paragem, circulação viária e pedonal, o Parque Municipal do Antuã e o percurso biourbano que liga estes dois elementos ao BioRia ao longo do rio Antuã.
Assim, esta área da Cidade constitui um espaço determinante de oportunidade para a vivência da Cidade e para a sua regeneração.
aspectos diferenciadores
Rio Antuã – ligação à Ria de Aveiro
Determinante para a localização e desenvolvimento da Cidade, este elemento constitui uma “ligação” à ria de Aveiro e permite o usufruto e testemunho da forte ligação deste território ao elemento água.
Com um caudal considerável no seu troço de atravessamento urbano, este elemento permite a prática de diversas modalidades desportivas no centro da Cidade.
Cultura
A capacidade e dinâmica das inúmeras colectividades do Concelho, reflectida na riqueza e variedade da agenda cultural da cidade, potencia a capacidade atractiva de Estarreja no Concelho e Região e integra factores como o respeito histórico e interesse pela revitalização das tradições, a criatividade, a imaginação, a juventude e o engrandecimento do Concelho e a sua projecção, promovendo, ao mesmo tempo, o convívio entre os diferentes meios sociais, as diferentes gerações e as diferentes freguesias.
A política autárquica pretende tornar a Cultura numa agenda preponderante para a melhoria da qualidade de vida no Concelho.
Indústria Química
A indústria química, que teve o seu início em Estarreja na década de 30 com a instalação de uma unidade de produção de cloro, tem uma importância fulcral no desenvolvimento social e económico local e mesmo nacional.
O Complexo Químico de Estarreja é hoje formado por um conjunto das mais importantes empresas (Air Liquide, CIRES, DOW, Quimigal e AQP) do País no sector químico, e que envolve várias áreas industriais do País, nomeadamente Estarreja, Sines, Barreiro e Matosinhos.
Sustentabilidade
As preocupações ambientais têm sido foco de atenções pela importância de inversão de uma imagem da cidade muito presa à indústria química. O desenvolvimento do Eco-Parque Empresarial, a integração no BIORIA, a integração no projecto CicloRia, entre muitos outros, são exemplo do caminho seguido pela Autarquia ao longo dos últimos anos.
estratégia e visão
A intervenção na Cidade afigura-se não como um projecto singular, do ponto de vista da aposta municipal na valorização integrada da Cidade, mas sim como um projecto de continuidade, sustentado pelas várias intervenções levadas a cabo no espaço urbano. A crescente introdução do conceito de sustentabilidade nas políticas de planeamento e gestão do desenvolvimento preconiza um novo caminho e uma nova imagem para o Concelho. A Cidade é um elemento chave deste novo ciclo, como tal, o enquadramento estratégico da Operação Individual para a regeneração urbana na Cidade de Estarreja, está alinhado com os novos paradigmas da sustentabilidade e inclusão, concretizados no desenvolvimento do conceito de “ECOCIDADE”. Esta estratégia vem concretizar o objectivo de alteração da imagem preconcebida da Cidade, ainda muito ligada à indústria química. Pretende-se afirmar a área de intervenção como:
Um interface entre o espaço urbano consolidado e o espaço natural de usufruto público;
Um espaço de dinamização social (cultural e desportiva).
Deste modo, a Visão para a regeneração urbana é definida do seguinte modo: Estarreja, um exemplo de sustentabilidade.
A Visão constitui o quadro de referência estratégico para as intervenções de regeneração urbana, pretendendo-se que, pela plena integração do conceito “ECO”, Estarreja seja progressivamente uma Cidade modelo de sustentabilidade, pelas suas características no que diz respeito à qualidade do espaço urbano quer pela mobilidade, pela qualidade de vida, pela qualidade visual, pela inclusão, pela dinamização sociocultural e pela introdução generalizada dos princípios da sustentabilidade em todas as linhas de desenvolvimento da Cidade.
objectivos
Identificados os paradigmas de desenvolvimento e a sua aplicação na estruturação do programa de acção definem-se os seguintes objectivos:
Objectivo 1 –Alavancar a projecção da Cidade. Reforço da identidade e melhoria da imagem, garantindo um ambiente propício aos investimentos, à inovação e ao aumento do emprego pela qualificação das funções existentes e atracção de novas funções;
Objectivo 2 – Valorizar os espaços urbanos. Criação de espaços públicos para todos, contribuindo para a sustentabilidade, facilitando a inclusão e a atracção e fixação de pessoas e empresas;
Objectivo 3 –Melhorar a qualidade de vida. Pela melhoria da mobilidade, estímulo à prática desportiva e à utilização dos espaços públicos para lazer e recreio, proporcionando o aumento do bem-estar da população;
Objectivo 4 – Dinamizar a vertente social. Incentivar à participação de todos (sectores empresarial, ensino e sociedade civil) na dinâmica concelhia e na integração do conceito “ECO”.